Marcos 9:37 – “Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou”.
Introdução
O Batismo é o sacramento que nos traz a realidade do acolhimento de Deus Pai, de Jesus, o Filho, em seu Reino. Quando na vida da Igreja temos a oportunidade de celebrar o Batismo, é imprescindível reafirmarmos os fundamentos do Batismo que fortalece nossa fé.
O Batismo tem raízes no pacto do Antigo Testamento, João Batista um dos últimos dos profetas da antiga aliança, usava o batismo como instrumento ritual de purificação. Após o anúncio da mensagem de Deus, o profeta convocava as pessoas à vida de arrependimento, santidade e compromisso; lhe oferecia um rito de purificação e conversão. O pacto ou aliança de pertença à Deus, a iniciação para se torna povo de Deus, acontecia através da circuncisão, que é a marca da aliança que o homem leva, mas com o sentido sacerdotal/mediador, pois o homem é o responsável por sua família, ele é o sacerdote do seu lar; aspectos da sociedade patriarcal. O pai/homem leva o sinal, mas aliança é benção para toda a família.
Por exemplo: Quando algum estrangeiro queria participar da Páscoa, deveria passar pela circuncisão. Aceita o pacto a aliança de pertencimento ao povo de Deus. Era este o significado do batismo do AT, rito de iniciação.
No NT, o batismo toma outro sentido. Não mais como sinal de purificação apenas, mas trazendo em sua essência, o pacto da circuncisão, símbolo da aliança, que conferia ao crente a entrada e pertença ao povo de Deus, pertencimento ao próprio Deus. O Batismo passa a ser o rito, símbolo, sacramento, do sinal de que a pessoa estava sendo acolhida por Deus em seu reino como filho e filha. Batismo, representava a recepção, aceitação, acolhimento, adoção, comunhão com Deus. Promessa que se cumpre na pessoa do Cristo; somos recebidos e recebemos tudo o que Deus tem p nós. Somo herdeiros de Deus, segundo a teologia Paulina.
A Parábola do Filho pródigo nos relata o sentido e acolhimento de Deus, que representa o Pai, Ele acolhe com amor o filho e restitui seu lugar na família.
Creio que tudo isso está muito claro para nós. Contudo, trago algumas indagações? O povo de Deus deveria ser reconhecido como povo do Batismo? Alguns tentam, mas tenho minhas dúvidas se realmente vivem como tal. Se, somos o povo do batismo, povo recebido, acolhido, adotado, que vive em comunhão; esta não deveriam ser as marcas deste povo? Quais marcas: recepção, acolhimento, adoção, comunhão. Povo que acolhe, recepciona, adota, e lhe torna comum a todos. Deveríamos exercer o batismo então, acolhendo, recepcionando as pessoas, vivendo em comunhão com todos e todas.
Vamos nos aprofundar um pouquinho mais nisso.
Recebendo as Pessoas - Exercer o batismo em nossa vida, acolhendo as pessoas que se aproximam.
Vamos Imaginar uma família que aguarda a chegada do bebê. A família se mobiliza em um período de preparação e planejamento imenso, e quando chega é a maior festa, a maior alegria, benção de Deus.
Para a chegada e manutenção do pequeno bebê dispensa-se um investimento considerável, não apenas financeiro, tempo, cuidado, carinho, atenção, amor, que é o principal.
O principal para uma criança que chega e se sentir amada, acolhida! Num lar pobre ou rico, sabemos que um ser humano saudável, se desenvolve bem quando é acolhido e amado. O contrário também é verdade, uma criança rejeitada pode se tornar um ser humano com sérios problemas de relacionamento e adaptação na sociedade. As pessoas só permanecem em algum lugar quando são acolhidas.
Isso nos ajuda a pensar que, precisamos investir no acolhimento e recepção das pessoas quando chegam na igreja. Não apenas com a intenção de fazer a igreja crescer numericamente, mas principalmente porque somos o povo do batismo, somos acolhidos por Deus e devemos acolher as pessoas como sinal do amor divino em nós.
E Jesus é nosso maior exemplo de acolhimento; todos que se aproximavam; pobres, marginalizados, políticos de má fama, cobradores de impostos, ricos, mulheres, prostitutas. Todos eram acolhidos e se sentiam acolhidos com respeito e amor.
Isso nos faz compreender inclusive o batismo de criança; Quem somos nós para julgar e não receber na igreja de Cristo, uma criança? Uma criança quando rejeitada pelos pais, a justiça estabelece outros pais para que aquela criança seja acolhida por uma família. Quem rejeitaria uma criança? No popular, alguém com problemas. Porque a “igreja” de Jesus insiste em rejeitar a criança... Ainda mais uma criança, a quem Jesus disse ser do Reino e informar que deveríamos ser como crianças. É delas o reino. (Marcos 4:14)
Povo em Comunhão - Exercer o batismo tendo consciência de que Deus nos quer em comunhão, no sentido de que pertencemos uns aos outros.
O tema da comunhão é um grande desafio p todos nós que queremos ser Igreja de Jesus, pois devemos entender que a comunhão para o corpo de Cristo não é opção, é intrínseco. Se assim não fora, não haveria por que sermos família de Deus, irmãos e irmãs, “na casa de meu Pai há muitas moradas”, onde viveremos eternamente em comunhão. Não haveria sentido na teologia do Pacto, Aliança, declarar como Jesus, Aba Pai; Somos coerdeiros com Cristo, somos filhos de Deus. É grande o desafio e não podemos descansar, devemos sempre cuidar da comunhão.
João em sua primeira carta nos deixa esta dura mensagem: Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Se dizemos que amamos a Deus, mas não ao nosso irmão, fazemos de Deus um mentiroso. (4: 8; 20).
Aqueles que defende o batismo como comunhão apenas com Deus, diminuem o sentido do batismo a um egoísmo religioso hipócrita, pois só quer comunhão com Deus e não com a família de Deus.
Aqueles que são batizados levam a marca do amor do Pai. E para quem chega na comunidade dos batizados, devem perceber e aprender que a comunhão é essência da vida cristã e da igreja.
Pertencemos a Deus - Exercer o batismo transmitindo aos que são acolhidos, o sentido de que pertencem ao Deus Pai: tornaram-se filhos.
Ser Família de Deus não é clube social, associação beneficente, ou qualquer outra coisa que possamos inventar. A igreja tem sido comparável a clube social, clube de amigos, a associações diversas, até redes sociais. Ou até lazer politicamente/moralmente correto. Eu vou a igreja uma vez por semana, cumpri com meu dever religioso, moral, político. Tudo, menos corpo de Cristo. Tudo, menos família de Deus.
Interessante observar que hoje, as pessoas fazem uma jornada entre as muitas denominações para escolher a qual vai frequentar. Isso representa o quando o tema da “vocação” está esquecido. Percebam que não escolhemos a família que vamos nascer, apenas nascemos. Isso nos faz refletir sobre algo, não escolhemos somos escolhidos por Deus. O participar/pertencer a uma igreja (denominação) tem sido compreendida como uma escolha pessoal e exclusiva. Perdeu-se o sentido de vocação, escolha de Deus p nossa vida. Não é escolha minha, mas de Deus. Chamados! É necessário entender que estamos, onde estamos, e vivemos, onde vivemos, pois Deus nos fez e nos colocou naquele lugar. “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. João 1:13. Precisamos crer e compreender que vivemos em determinado lugar, estamos em determinada comunidade, isso deve ser direção de Deus, resultado da vontade de Deus, do propósito de Deus para nossa vida!
São muitos os casos de irmãos que ficam mudando de uma denominação para outra, pulando de galho em galho, mostrando-se instável, insatisfeito, arrogante ao invés de dar o testemunho de perseverança, de gratidão, humildade e vocação divina para estar naquela denominação, para ser servo naquele lugar.
A Palavra de Deus, nos ensina que pertence a Deus, e Ele lhe confiou ser benção em determinado lugar, região, pais, bairro, cidade, denominação.
Conclusão
Que Bom celebrar o Batismo, somos acolhidos por Deus. Celebramos com alegria! É sinal do amor Eterno de Deus!
Que bom celebrar o Batismo, pertencemos a Deus. É sacramento que comunica a graça infalível de Jesus Cristo!
Que Bom celebrar o Batismo, somos família de Deus. Celebremos com júbilo! É herança de um Pai muito generoso!
Que bom celebrar o Batismo, somos acolhidos para vivermos a comunhão.
Que bom celebrarmos o batismo infantil, somos acolhidos por Deus sem que tenhamos a compreensão, fé desse ato grandioso.
Rev. Ricardo Bento
Professor da FATIPI
Pastor da IPI de Vila Carrão
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