Descrição da oficina

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As Ciências Sociais são extremamente úteis para cristãos, especialmente teólogos e pastores, aprimorando a compreensão e o ensino da Palavra de Deus de forma relevante. Sua importância reside nos seguintes pontos: a) Compreensão Social: elas oferecem insight sobre as transformações das sociedades modernas, capacitando uma proclamação do Evangelho conectada ao tempo presente e seus desafios. b) Apoio à Justiça: As Ciências Sociais são uma ferramenta para a promoção da justiça social, um imperativo bíblico, auxiliando cristãos a discernir valores e alinhar suas ações aos princípios do Reino de Deus em face das desigualdades e vulnerabilidades. c) Plantação e Revitalização: Recursos das Ciências Sociais tais como análises de dados demográficos e pesquisas culturais são utilizados para traçar estratégias eficazes na plantação ou revitalização de igrejas. Em síntese, as Ciências Sociais aprofundam a compreensão da sociedade, o que é essencial para a renovação da mente cristã e para o discernimento e a vivência da boa, agradável e perfeita vontade de Deus no nosso contexto atual.

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A oficina “Teologia e Holocausto” se apresenta como uma proposta de investigação dos desafios impostos à fé e à reflexão teológica diante do genocídio perpetrado pelo regime nazista contra o povo judeu e outros grupos marginalizados. Para isso, a temática proposta procura analisar as implicações éticas, filosóficas e espirituais que se estabeleceram a partir da relação entre o nazismo e a religião – especialmente o cristianismo. Serão abordados o contexto histórico e ideológico do nazismo, as implicações éticas e espirituais dos grupos cristãos que apoiaram o movimento totalitário, bem como as respostas teológicas dadas pelos diferentes grupos cristãos de resistência que se opuseram ao nazismo de maneira profética. Assim, a oficina se dedicará a construir reflexões teológicas discutindo a importância da memória para a construção de uma ética preventiva frente a novas manifestações de intolerância e totalitarismo.

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Nas primeiras décadas do século XXI as Igreja Cristãs têm participado intensamente da vida pública em seus países. Um dos problemas decorrentes dessa participação é a mensagem inconsistente proclamada por algumas Igrejas, mensagem que confunde o evangelho com uma ideologia política ou com aspectos de uma ideologia política específica. O foco desta oficina é a proposta do evangelho do Reino como o conteúdo da mensagem pública da Igreja, dando testemunho da soberania de Deus conforme expressa pelo ministério do Senhor Jesus nos Sinóticos.

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​A cultura não é só o resultado da produção humana, o que pode ser visto e experimentado pelas artes, literatura, gastronomia, vestimenta, música, bem como pelas diferentes religiosidades. Ela é também a forma, esta estrutura que comunica, que media a totalidade de sentido, ao mesmo tempo que viabiliza sua (condicionada) apreensão. A cultura está entranhada no ser humano, modificando seu olhar para a realidade. Ao pensarmos na interface da cultura com a teologia, importa lembrar que a própria Revelação sofreu a mediação cultural. Prova maior disso, segundo Erich Auerbach, é a própria encarnação de Jesus Cristo. A extensão e a dinâmica desta interação entre teologia e cultura será objeto de análise desta oficina.

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​Desde meados do século XX, diversas teologias emergiram no Sul global, no conjunto do surgimento de outros saberes em distintas áreas do conhecimento. Essas teologias passaram a ser estudadas e classificadas sob diferentes denominações — como autóctones, étnicas ou de minorias —, categorias que, em geral, foram atribuídas em contraste com as teologias eurocêntricas, frequentemente consideradas "clássicas", ou "oficiais" ou “universais”. A noção de oficialidade atribuída a essas teologias ditas clássicas está enraizada nas epistemologias eurocêntricas, que legitimam determinados saberes como universais e perenes, sobretudo os produzidos nos âmbitos de conhecimentos do Norte global. Estudar as teologias latino-americanas, africanas, asiáticas, indígenas que brotam no Sul global, bem como as teologias feministas, negras e outras que, embora surgidas em contextos do Norte global, reivindicam nova epistemologia, é essencial para compreender os movimentos teológicos contemporâneos. Não é possível abordá-las sem atravessar os estudos decoloniais e as novas formas de produção do conhecimento da fé, forjadas a partir das vozes que emergem dos lugares historicamente marcados pelo silenciamento, pelo apagamento e pela invisibilização.

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​A escatologia é capítulo das teologias sistemáticas e tema recorrente dos estudos acadêmicos. Os temas da escatologia são também campeões no cotidiano do exercício da fé evangélica no Brasil. Todos os cristãos evangélicos têm algo a dizer sobre a consumação dos tempos, a volta de Cristo e a instalação do Reino de Deus. Porém, o que temos a dizer quando a pergunta feita diz respeito a UMA ESCATOLOGIA DA PRÓPRIA TEOLOGIA? A questão, lançada nesta oportunidade a um historiador, propicia a busca de situações e processos que mostrem como a teologia, os teólogos, os pastores conscientes de sua tarefa teológica no âmbito da igreja reagiram a tempos de crise, de aflições e de perplexidades. Tendo esses mesmos teólogos e pastores sido postos à prova em meio aos esforços dos que desejavam desacreditar o pensar e a prática teológica diante dos seguidores da fé evangélica. Trataremos do presbiterianismo brasileiro em meio à grande crise mundial dos anos 1920, 1930 e 1940, que redesenhou o mundo e que provocou no universo protestante/evangélico, os movimentos de descrédito à teologia.