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ERRAR E AMAR: O DESAFIO DAS FAMÍLIAS CRISTÃS

  • comunicacao299
  • 8 de mai.
  • 3 min de leitura

É muito comum ouvirmos pessoas relatando dificuldades no relacionamento familiar. As queixas abrangem diversos aspectos: conflitos intergeracionais, dificuldades conjugais, desafios na educação dos filhos, problemas na comunicação e comportamentos indesejáveis estranhos à cultura da família, para citar apenas alguns.

Entretanto, um tema pouco discutido é o papel do ERRO no relacionamento familiar. Como temos encarado os erros dos nossos familiares, sejam eles adultos, crianças, adolescentes ou idosos?

Todos erramos (esta verdade é incontestável) e a maneira como lidamos com nossos próprios erros e com os erros de nossos familiares pode ser decisiva para a qualidade do nosso relacionamento e para a saúde da nossa família. Muitas famílias se desestruturam quando alguém comete um erro grave.

A Bíblia é uma coleção de histórias de famílias. E, exatamente como as nossas, as pessoas que compunham as famílias bíblicas cometiam erros (e, algumas vezes, erros muito graves).

Um exemplo disso é a parábola de Jesus sobre um homem que tinha dois filhos (Lucas 15:11-22). O filho mais jovem, talvez com a impetuosidade de um adolescente ou a imaturidade própria dos jovens, decidiu romper com sua família e sair de casa com sua parte da herança. Esta foi sua decisão.

É importante notar que o texto não relata que o pai tenha tentado dissuadir o filho. Será que ele não sabia que aquela decisão era equivocada e que traria consequências para todos? Neste trecho, há uma lição importante: raramente podemos evitar que nossos familiares errem. E, embora os erros tenham consequências, todos nós aprendemos quando erramos! Nem sempre o erro representa um caminho sem volta.

O filho manteve-se firme e fez exatamente o que se propôs: abandonou a família e viveu sua vida baseando-se em princípios muito diferentes daqueles que aprendeu em casa. Não demorou muito para que ele mesmo percebesse que sua escolha não tinha sido a melhor. Ele reconheceu seu erro.

O pai, por sua vez, não deixou de amar seu filho, apesar do evidente erro. Pelo contrário, ele o aguardava e torcia para que o rapaz reconhecesse que havia errado e retornasse para casa.

Quando o rapaz retornou, curiosamente, o pai organizou uma festa: é preciso celebrar quando nossos familiares se recuperam de seus erros e permitem que a família se reorganize! Talvez esta não seja a atitude mais comum em nossas famílias, mas ela é necessária. Celebre a vitória sobre o erro. Celebre o arrependimento.

Com o retorno do filho mais jovem, o mais velho mostrou-se insatisfeito e revoltado. Mais uma vez, o pai tratou o erro na família com amor e tolerância.

Deve-se ressaltar que o pai não ficou preso ao erro do filho, mas o recebeu e o reintegrou à família. O erro, embora muito grave, permaneceu no passado. Além disso, também acolheu com amor o filho mais velho, apesar de sua crise de ciúme.

É possível extrair algumas lições práticas sobre como administrar o erro na família:

a) Reconheça que todos da sua família erram (inclusive você); b) Aprenda a lidar com ternura com os erros cometidos pelos membros da sua família; c) Entenda que o erro contém uma oportunidade de arrependimento e crescimento. O erro não é o fim da jornada; d) Não permita que os erros destruam seu relacionamento familiar; e) O amor supera o erro; E, por fim, aplique estes princípios aos seus próprios erros.

Rev. Esny Cerene Soares

Prof. Da FATIPI

Pastor da IPI Vila D. PedroI

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