top of page
Foto do escritorFATIPI FECP

“O que é Igreja missional: modelo e vocação da igreja no Novo Testamento”

O livro “O que é Igreja Missional” é uma obra do pastor e teólogo estadunidense, naturalizado brasileiro, Timóteo Carriker, publicado em 2018 pela Editora Ultimato. Timóteo Carriker já colaborou e continua colaborando de forma significativa, como missionário e pastor, com a IPI do Brasil e com todo o contexto evangélico brasileiro por meio de seus livros, aulas e palestras. Ele também é professor do curso a distância de Teologia – EAD da FATIPI.

O livro apresenta uma análise do conceito de igreja missional, tendo como base o estudo das características das igrejas do Novo Testamento. O autor faz uma análise de seis igrejas neotestamentárias, comparando seus pontos fortes e fracos, sendo elas: Antioquia, Roma, Filipos, Éfeso, Jerusalém e Galácia. Com isto, ele apresenta as principais marcas de uma igreja missional, que mostravam a intencionalidade da igreja em fazer a vontade de Jesus e ser relevante onde estava inserida. As marcas são: 1) Igrejas que viviam e agiam pela graça e misericórdia de Deus. Jesus pregou e viveu o reino de Deus e esse reino contrapunha o conceito farisaico da Lei. “Viver no reino é viver pela graça e pela misericórdia divinas”(p. 70). O reino de Deus não pode ser regulamentado pela lei, somente pela graça de Deus. É a misericórdia de Deus que é o passaporte para entrada no reino e não a lei; 2) Igrejas de adoração e oração. Elas tinham prazer em se reunir para adorar a Deus; 3) Igrejas com uma liderança múltipla e com vários ministérios. Por isso, “todos continuavam firmes” (Atos 2.42), “todos os que criam estavam juntos e unidos” (Atos 2.44). Uma liderança unida mantém a igreja unida e servindo a Deus; 4) Igrejas guiadas pelo Espírito Santo. Constantemente a igreja é guiada pelas pessoas, suas ideias, suas ideologias, suas manias, seus gostos e não pelo Espírito Santo. As igrejas neotestamentárias analisadas eram orientadas pelo Espírito, pois aprenderam com Jesus que disse que enviaria o Espírito Santo para ensinar a Igreja; 5) Igrejas que sabiam que não há ação missional sem esforço. Igrejas comprometidas, que trabalhavam incessantemente pela causa do evangelho de Jesus. Por isso, “[...] cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas” (Atos 2.47). É graça de Deus, mas a instrumentalidade era da igreja; 6) Igrejas voltadas para fora e não para dentro. No início, pairava alguma dúvida sobre a amplitude da missão “[...] É agora que o Senhor vai devolver o Reino para o povo de Israel?” (Atos 1.6). Mas, em seguida, Jesus mostra o que queria da sua igreja: “Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (Atos 1.8). Segundo Carriker (p. 72): “A igreja nasceu com essa visão, afirmou essa visão e assumiu essa visão”. Com pequenas diferenças entre si, as igrejas analisadas apresentam essas características.

É um livro de leitura fácil e rápida, com uma linguagem simples, mas ao mesmo tempo profunda em relação aos aspectos missionais das igrejas do Novo Testamento. Sua conclusão é que igreja missional e igreja missionária não são antagônicas. Pelo contrário, no Novo Testamento a igreja era missional e missionária. Assim, deve ser também a igreja da atualidade: preocupar-se em alcançar seu contexto próximo e o mundo distante.


Prof. Rev. Marcos Nunes da Silva

Coordenador dos cursos de Graduação da FATIPI

203 visualizações0 comentário

Comentários


Logo Faculdade de Teologia de São Paulo da Igreja Presbiteriana independente do Brasil
Teologia na FATIPI: mais que estudo, crescimento e vida com Deus.
bottom of page